Estava a escrever o último post quando me lembrei da minha infância, seguindo os últimos posts que por acaso têm sido só de moda ou coisas do género (não foi assim que começou, foi numa altura muito má...).
Quando era pequenina, adorava andar vestida como se fosse uma princesa. Tinha um cabelão loiro até ao rabo, que vim mais tarde a descobrir que era alvo de admiração por parte das outras raparigas (algumas grandes amigas agora), adorava vestidos com manga em balão e, no dia da primeira comunhão, parecia que me ia casar. Aliás, se não me engano, comprei o vestido no Porto (mãe, corrige-me se estiver errada) numa casa de vestidos de noiva a afins... Com bandolete a condizer. E repeti o vestido no casamento da minha professora do 1º ciclo, e todos os meus colegas (um aparte: João, sempre estiveste incluído nas minhas actividades de turma porque SEMPRE pertenceste à minha turma... hoje lembrei-me muito de ti) me diziam que era a noiva.
Nessa altura não tinha qualquer problema em ser pirosa, em usar coisas cor de rosa com brilhantes ou coisas que me fizessem realmente sentir uma princesa. E no carnaval, dois anos seguidos foi a Bela Adormecida e mais uma outra que não me lembro... sempre de vestido até aos pés e mangas de balão. E gostava! E usava sempre!
Agora parece que tenho uma certa vergonha em usar tuuuudo o que gosto. OK, há coisas que não servem para andar na rua, é verdade. Mas tenho pena que em Lisboa não se vejam mais coisas e se siga um certo padrão. Como me disse uma professora do 1º semestre, Portugal, mais especificamente Lisboa por ser a minha cidade de sempre, tem pouca gente e a dimensão também não é gigante. É mais fácil surgirem certos comentários, o que nos pode fazer sentir desconfortáveis. Mas às vezes tenho saudades dessas alturas em que me sentia a menininha mais bonita do Mundo, como as princesas. Só faltou o príncipe. ahahah! Também não me fez falta nenhuma, é verdade...
Ser criança é realmente o melhor! Brincam muito, fazem muitas coisas que, quando são mais velhos, se tornam ridículas, sem se preocupar com os outros (nem pensam nisso), pouco estudam, pouco trabalham (e às vezes ainda nos queixávamos por termos muitos trabalhos de casa). É pena é que só se perceba disso mais tarde. Hei-de por aqui umas fotografias desse tempo.
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