Isto tudo porquê? Há uns anos vim um programa da Oprah (quem é que não via a Oprah?!) sobre mulheres acho que sudanesas que eram violadas e mutiladas para não poderem ter filhos. Se tivessem eram isto e aquilo. E isso fez-me uma confusão... depois o filme sobre tráfico humano. E agora este movimento contra Joseph Kony, do Uganda, e a favor das crianças (invisíveis porque ninguém realmente se lembra delas) que são obrigadas a fazer coisas inacreditáveis (quem não vir o vídeo - tem a duração de 30min... não é assim tanto, dá para largar o facebook por um bocadinho! - é porque está mais interessado no seu umbigo do que nos problemas humanitários e nos problemas de outras pessoas que realmente precisam... este blog não é de moda e não é só para coisas bonitinhas (e arrisco-me a perder seguidores com isto. Neste caso, don't care!)). E não imaginam a admiração que tenho por estas pessoas... uma pessoa abdicar de tanto para dar aos outros. Um dia quero ser assim. Quero mesmo. E lá me vou aguentar sem o conforto... há quem não tenha outro remédio. Até lá, vou ajudando como posso.
11 comentários:
Já tinha visto este video e é realmente "assustador" ver a quantidade de pessoas que precisam da nossa ajuda.
A minha melhor amiga arriscou e está agora em África a fazer voluntariado. Diz que foi uma decisão difícil e ponderada, mas está a ser melhor experiência da vida dela e que está a aprender a valorizar melhor certos promenores da vida.
Gostava de ter a mesma coragem dela e deixar o conforto de lado! :)
Ana, não tens de fazer uma mudança radical na tua vida. Eu comecei o meu voluntariado agora, não é nessa ‘área’, mas já é o suficiente para me deixar bem comigo mesma. Começa aos poucos... Acredita que a sensação de gratidão e de realização pessoal é do melhor. ****
Ser voluntário ou fazer voluntariado, é bem mais fácil do que parece. Mesmo que não seja ir para África.
Fiz várias vezes voluntariado através dos escuteiros e sinceramente o banco alimentar foi a experiência mais pobre!
As mais ricas foram mesmo duas! A primeira, e bem simples, no próprio dia em que fiz 18 anos dei sangue! Saber que ajudei pessoas quando a sua saúde estava mais em baixo, foi mesmo uma sensação óptima! (Mas não é só sangue que podemos dar. Ainda não me aventurei, mas podemos doar medula.)
A segunda experiência foi no hospital Dª Estefânia. Estive a tarde toda, mascara a fazer sorrir. Estar com crianças de todas as idades, a tarde toda e despedir-me delas com um sorriso nos lábios encheu-me a alma.
São pequenas coisas para nós, e tão grandes para aqueles que as recebem! Bem mais perto que África! :p
É verdade... sem dúvida que há muitos sítios, bem mais perto que África, onde se pode começar e de certeza sair com um sorriso na cara. Mas eu sou de ideias um bocado radicais! Em algumas coisas sou um bocado 8 ou 80. Mas boa, obrigada!! Vou ver disso.
Dar sangue já tentei, mas a coisa não correu bem, fiquei sem mexer o braço horas e não se aproveitou nada do que me tiraram... já me disseram que não deve ter sido bem feito porque não costuma acontecer. Mas confesso que fiquei com algum medo. A medula também já me passou pela cabeça. É ganhar coragem! :)
Quanto à medula, convido-te a pesquisares e a saberes mais sobre a Associação Inês Botelho, O sorriso da Inês.
Acho que deves seguir e fazer... acho tb que o voluntariado cultural que andas a fazer tb deve ser valorizado como tal! Sei que muitas vezes se associa a pobreza, mas a cultura e a sua valorização são muito importantes também! E tu dás do teu tempo para mostrar a vida e o valor dos outros! Eu valorizo isso e muito!!!!
De qq modo é por seres genuina que as pessoas seguem o teu blogue. Dizer a verdade nao leva a que ngm desista dele!!!
fazes mesmo bem em divulgar. sabemos bem que não se tem que falar só de moda. isto é realmente importante *
Sabes que já saí da minha zona de conforto, e acredita que não é assim tão difícil e todo o esforço vai-te recompensar para o resto a vida!
Se tomava banho de água fria? Sim! Mas acredita que com o calor que passamos é o que sabe melhor! Se o repelente não chegava para os mosquitos? Sim, cheguei a acordar com um olho todo inchado que parecia o corcunda, cheguei acordar com as duas pernas completamente picadas porque havia um sacana de um mosquito tinha dormido comigo de baixo da rede mosquiteira! Se tive de comer comida estranha? Sim, tenho de pensar que há quem nem tenha um prato na mesa e eu tenho de agradecer por ser uma sortuda e deixar de ser esquisitinha! Se convivi com bichos estranhos todos os dias? Sim! Mas vim para Portugal com coragem para matar aranhas que aparecem cá por casa! Se convivi com realidades completamente diferentes da minha? Sim, conheci novas culturas, novos hábitos, e conheci pessoas espectaculares que com o pouco que lhes foi dado na vida conseguem fazer muito!
Tudo isto ajudou-me a crescer! :) Arrisca e não te vais arrepender! (pelo menos falo por mim e pelas pessoas que conheço que já o fizeram ahah)
Ana, antes de mais, deixa-me enviar-te este link para que leias como o movimento Invisible Children não é assim tão bom como se anda a publicitar: http://whitthef.wordpress.com/2012/03/07/kony-2012/
Está certo que o vídeo está muito bem feito e ajuda a chamar a atenção para aquilo que se passa no Uganda, que é completamente desprezível e deve ser exterminado. Mas estes "bons" rapazes doam uma parte dos fundos -que recebem das pessoas que se comovem com estes vídeos - a outros movimentos de guerrilheiros do Uganda que usam as mesmas práticas nojentas que o Kony, entre elas a violação como estratégia de guerra.
Ajudar é sempre importante, seja com donativos ou através do voluntariado. Mas mais importante ainda é que se saiba quem estamos a ajudar, quais as verdadeiras intenções e para onde vai o nosso dinheiro.
"Please, if you want to do something to help the people who suffer in Uganda, and anywhere else in the world for that matter, educate yourself on the situation there in ways that go beyond Youtube videos and listening to a bunch of rich white people. Try reading the local news, reading blogs from the area if any are available. Hell even start with the Wikipedia entry or reading the New Internationalist world guide. Don’t allow emotive and snazzily made videos play on your basic humanity. Read, read and then read some more before you go making a mistake and supporting an initiative that could just make things so much worse."
Um beijinho.
Quem faz o que pode, a mais não é obrigado! Há quem sinta chamamento para fazer voluntariado além fronteiras, mas existe muito trabalho por fazer se calhar até no nosso conselho :) Há quem prefira fazer o trabalho físico, quem prefira fazer doações (dinheiro, roupa, comida), quem faça gestão e promoção de instituições, n sei... Variados!!
Eu, neste momento, penso em ajudar na minha paróquia, mas ainda está em stand by! Dar roupa, a meias que desisti... A minha mãe começou a dar a roupa a uma funcionária que supostamente tinha dificuldades, e p ela dar a familia. Dificuldades n tem assim tantas, simplesmente n compra roupa!! Então escolhia as melhores coisas p ela, e dava o resto a familia... Deu-se ao luxo de escolher o que quis e lhe apeteceu, e tem coisas há anos em casa que nem usa!!! E isto irrita-me... Para isso vendo no blog! Ou passo a entregar (eu!! em mão!!) a quem sei que precisa mesmo!!! Enfim... Ganhei uma certa desconfiança com certas coisas (tipo campanhas, peditórios, etc - só faço doações p Liga Portuguesa Contra o Cancro), e cada vez mais acho que não há solidariedade pura por detrás de quem gere esse tipo de coisas... Apenas €€ ao bolso, e fuga aos impostos -.- Daí preferir ajudar com as minhas próprias mãos, a partir de agora :)
Beijinhos
Eu faço voluntariado até o fazer pensava como tu. Mas faço numa instituição credível. Não gosto de peditórios e essas coisas assim. E "fazer o bem" está em pequenas coisas...
Enviar um comentário